Os dados indicam que a reação pública à crise de segurança no Rio de Janeiro foi guiada pela comoção diante da dimensão da violência, e não pela tentativa de associar o episódio ao governo federal. A predominância do vocabulário de conflito e violência, que concentrou 41% das menções no dia 28 e 44% no dia 29, mostra que o debate se estruturou em torno da tragédia humana e do impacto social da operação. As menções ao governo estadual, diretamente ligado à condução da ação, ocuparam o segundo lugar em volume, enquanto as referências ao governo federal e a Lula permaneceram minoritárias, variando de 25% para 23% do total. A proporção estável e decrescente dessas menções sugere que, embora houvesse tentativa de politizar o episódio, a repercussão esteve centrada na comoção com o número de mortos e pela percepção de descontrole da segurança pública no estado, e não pela responsabilização do Planalto.
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