Concebido em fevereiro de 2021 como projeto de pesquisa aplicada, inovação tecnológica e incidência comunicacional, o Democracia em Xeque torna-se, em dezembro de 2023, um Instituto de âmbito nacional, com a missão de ampliar a produção de conhecimento para enfrentar campanhas de desinformação, discurso de ódio e extremismo político violento.
Ao longo destes últimos três anos, o Democracia em Xeque colaborou ativamente, de forma independente e apartidária, com os esforços empreendidos pela imprensa, pelo Poder Judiciário e pela sociedade civil organizada na defesa da integridade do sistema eleitoral, do respeito às regras do jogo e da legitimidade de seus resultados.
Visando ao fortalecimento do Estado Democrático de Direito, enquanto instituto de pesquisa independente, nossa atuação visa fomentar integridade da informação a partir do acompanhamento permanente do debate político digital, de campanhas de desinformação e da violação dos direitos humanos, tendo como horizonte a construção de um ambiente cívico digital verdadeiramente inclusivo e democrático.
Frente a estes enormes desafios, a criação do Instituto Democracia em Xeque representa um passo importante para fortalecer o hub de pesquisadores de universidades que integram o projeto, possibilitando estabelecer parcerias acadêmico-institucionais ainda mais robustas em âmbito nacional e internacional.
A constituição do Instituto e a realização de parcerias com diferentes atores fortalecerá a capacidade de construir soluções para identificar e mitigar os efeitos negativos do que chamamos de “Tripé Negacionista”, caracterizado pela difusão coordenada e em larga escala de desinformação com foco em três problemas fundamentais:
• democrático/eleitoral;
• climático/ambiental;
• sanitário/vacinal.
Nossas pesquisas para o diagnóstico de ações nas plataformas digitais e da percepção dos indivíduos sobre narrativas nocivas se baseia em uma metodologia triangular, que envolve mineração de dados, análise de métricas, narrativas e contextos e escuta social, a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas. Ou seja, um ferramental integrado que nos permitirá ir da mineração de dados à orientação de ações comunicacionais voltadas ao fortalecimento da integridade da informação.
1. Promover a defesa ativa do Estado Democrático de Direito por meio do enfrentamento à desinformação, à radicalização antidemocrática, ao discurso de ódio e ao extremismo político violento.
2. Desenvolver e subsidiar iniciativas para a defesa da integridade da informação nas esferas democrática, ambiental e da saúde.
3. Promover iniciativas de conscientização sobre boas práticas para a construção de um ambiente cívico digital inclusivo e democrático.
4. Fomentar, no âmbito da comunicação, ações de impacto e campanhas de resposta rápida para o enfrentamento do tripé negacionista.
5. Estimular e participar da atuação articulada dos atores do ecossistema de enfrentamento à desinformação, à radicalização antidemocrática, ao discurso de ódio e ao extremismo politico violento.
1. Zelar pela integridade da informação, identificando em plataformas digitais ecossistemas de desinformação que atentem contra o Estado Democrático de Direito, realizando, de forma permanente, pesquisas, estudos e análises de campanhas de desinformação voltadas a atacar a democracia e promover desinformação sobre temas vitais, como a emergência da crise climática e a cobertura vacinal;
2. Qualificar atores da sociedade civil e de instituições públicas para melhor responder a campanhas de desinformação em plataformas digitais, promovendo iniciativas de formação voltadas à educação midiática e à literacia digital por meio da realização de eventos, cursos, seminários e conferências;
3. Desenvolver metodologias de pesquisa e recursos tecnológicos de combate à desinformação em plataformas digitais, de modo a estimular o desenvolvimento e a implementação de tecnologias, softwares e aplicativos;
4. Fortalecer ações de comunicação de impacto e mobilização cidadã voltadas ao enfrentamento à desinformação;
5. Envidar esforços permanentes na articulação institucional junto aos órgãos do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) nos diferentes níveis da federação, junto com organizações da sociedade civil, organismos multilaterais, organizações internacionais, formadores de opinião e tomadores de decisão para promoção da agenda de enfrentamento à desinformação e defesa da democracia, da proteção do meio ambiente, do aumento da cobertura vacinal e dos direitos humanos;
6. Fortalecer o ecossistema de organizações da sociedade civil para melhor enfrentar problemas relacionados à desinformação, compartilhando dados de inteligência e participando ativamente dos espaços de articulação e unificação de agendas comuns, visando, também, o avanço da agenda regulatória no âmbito das políticas digitais;
7. Promover ações judiciais e/ou fazer parte como amicus curiae em ações de interesse a partir das finalidades estatutárias do IDX.